Resumo:
A siderurgia é um dos setores mais importantes para a economia de um país, sua produção abastece inúmeras usinas de bens de consumo, além de ser fundamental para obras de infraestrutura. A tendência é que a produção de aço aumente, assim como o consumo, e não pode ser diferente pois em muitos países há muito o que ser feito e o aço será fundamental. Todo esse progresso vem acompanhado pela emissão de grande quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera, principalmente pela queima de combustíveis fósseis. O setor é responsável por cerca de 7% de todo o CO2 emitido no mundo, sendo 69% proveniente da queima de carvão e coque no alto-forno. Este não é um problema recente, uma vez que a matriz energética mundial é baseada na queima de combustíveis fosseis e a rota de produção de aço que se consolidou, muito pela alta produtividade, foi a que utiliza o alto-forno (72% da produção). Diversos acordos e reuniões vêm sendo realizados ao redor do mundo com o objetivo de mitigar e reduzir as emissões de CO2. Os países europeus estão um passo a frente, uma vez que seus acordos estão mais bem estabelecidos e as metas bem definidas e são provenientes de lá os principais trabalhos e pesquisas na área de produção de aço com emissões reduzidas. As pesquisas apontam que as principais alternativas para uma produção de aço com baixa emissão são: utilização de biomassa para substituir combustíveis fosseis (total ou parcial); produção de aço utilizando sucata, via forno elétrico a arco; utilização de hidrogênio para redução do minério de ferro (no PCI e no DRI). Portanto, este trabalho tem o objetivo de mostrar estas três alternativas estudadas e aplicadas na produção de aço com o intuito de diminuir as emissões de gases do efeito estufa. Além disso, tem a intensão de estimular as discussões sobre o futuro da produção de aço com restrições de emissão, buscando principalmente soluções de curto e médio prazo que mantêm a competitividade das usinas siderúrgicas.