Resumo:
A tendência de substituir refratários formados por monolíticos é devido a diversos aspectos técnicos, como ausência de juntas de expansão, forma livre, etc. Porém, devido à adição de líquidos para realizar a mistura e reação dos ligantes, é necessário um procedimento cauteloso durante o primeiro aquecimento, para que o vapor gerado seja liberado controladamente, não se pressurizando no interior do material. Para evitar problemas, curvas demasiadamente conservativas são aplicadas durante esta etapa, causando um aumento no consumo energético e no tempo de manutenção. Baseado nesse contexto e considerando os recentes avanços em simulações numéricas, este trabalho discute as implicações do uso de diferentes taxas de aquecimento durante a secagem do revestimento monolítico de uma panela de aço. Além disso, apresenta-se um novo parâmetro que correlaciona a pressão de vapor máxima com a resistência mecânica do material. Os resultados apontam que maiores valores de pressão e um deslocamento da posição da pressão de vapor são obtidas com maiores taxas de aquecimento e revestimentos mais espessos, deslocando os picos de pressão para a face quente, onde a fratura é comumente observada. Apesar de preliminares, os resultados mostram que esta é uma ferramenta com alta aplicabilidade no setor industrial e alto valor tecnológico.