Por: VINICIUS OLIVEIRA DOS SANTOS (LEBm/HU-UFSC), Patricia Ortega Cubillos (LEBM/HU-UFSC), Claudio Teodoro dos Santos (INT), Wellington Gilbert Fernandes (INT), Ieda Maria Vieira Caminha (INT), Maurício de Jesus Monteiro (INT), Carlos Rodrigo de Melo Roesler (LEBm/HU-UFSC)
Resumo:
O mecanismo de fretting-corrosion nas interfaces haste-cabeça e haste-cimento geram íons e partículas metálicas, que podem incrementar a incidência de eventos adversos, como falhas dos implantes ou reações adversas teciduais. Isto tem motivado vários autores a investigarem as causas desse mecanismo em próteses de quadril. O presente trabalho visa identificar qual interface, haste-cabeça ou haste-cimento, é a mais afetada pelo mecanismo de fretting-corrosion, bem como as causas deste mecanismo e da diferença de dano entre as interfaces através de analises in vitro e in silico. Quatro pares de hastes e cabeças femorais foram avaliadas, sendo três pares para análises in vitro e um par para reconstrução 3D e análise in silico. As análises in vitro, ensaio de fretting-corrosion e análise do dano, permitiram identificar que o corpo da haste foi a superfície mais afetada pelo mecanismo fretting-corrosion, com uma área superior ao identificado na região do cone da haste. A análise in silico permitiu identificar que a micromovimentação na interface haste-cimento também foi maior do que na interface haste-cabeça. Uma maior micromovimentação tende a aumentar o dano por fretting-corrosion. Portanto, os resultados demonstraram que o dano por fretting-corrosion foi superior na interface haste-cimento, possivelmente causado pela maior micromovimentação nessa interface.